Contas da prefeitura de Salvador fecham o ano no vermelho.


Imagine o dono de uma casa onde contas de água, luz e telefone não são pagas na data certa e que, para serem quitadas, terão incidência de juros e multas. Em contrapartida, a mesma pessoa tem dinheiro a receber, mas não cobra. O resultado é simples: a dívida cresce e há perda da capacidade de realizar as mais simples reformas e compras. É essa a situação vivida pela prefeitura de Salvador, evidenciada no relatório que rejeitou as contas do prefeito João Henrique relativas a 2009.
De acordo com dados do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), órgão responsável pela análise financeira das prefeituras, Salvador perdeu, entre 2005 e 2009, cerca de R$ 4 milhões, apenas por não pagar em dia contas básicas. Entre elas, energia e água.
Em cinco anos, os gastos com juros e multas só cresceram. Começou com R$ 101.299, no primeiro ano da gestão do prefeito João Henrique. Em 2006, o valor mais que triplicou: R$ 383.925. O mesmo patamar de crescimento das dívidas decorrentes dos atrasos se manteve no ano seguinte, quando juros e multas levaram da prefeitura nada menos que R$ 1,02 milhão. Em 2008 e 2009, o gasto foi de R$ 1,17 milhão e R$ 1,31 milhão, respectivamente. Procurada pelo CORREIO*, a prefeitura de Salvador não quis se pronunciar sobre os problemas financeiros e a rejeição das contas pelo TCM.

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