Lei Seca : governo do rio não consegue justificar uso de bafômetro vencido

O governo do estado não soube explicar o documento que mostra a utilização de um bafômetro fora da validade numa operação da Lei Seca. Como adiantou a coluna “Extra, Extra”, da jornalista Berenice Seara, o equipamento deveria ter passado pela certificação anual do Inmetro no dia 10 de novembro. No entanto, no último dia 25, o extrato emitido pelo aparelho mostra que ele ainda não havia sido submetido ao procedimento este ano e, mesmo assim, continuava em uso.
O coordenador-geral da Lei Seca, Carlos Alberto Lopes, disse que o bafômetro 86323 teria uma data de validade diferente da mostrada pelo documento emitido pelo próprio aparelho. O extrato aponta que a última aferição foi feita em 30 de julho do ano passado. O novo teste deveria ter sido realizado no dia 10 de novembro. Questionado se levantava suspeitas sobre a veracidade do documento, Lopes afirmou que ainda precisava confrontá-lo com os registros do governo.
— Os certificados valem por um ano e, volta e meia, mandamos aferir os bafômetros. Vamos conferir esse documento amanhã, nos nossos controles. Por isso, não temos como dizer que ele é falso. No entanto, posso garantir que o equipamento estava certificado até o dia 14 de dezembro e já passou por uma nova aferição — disse Carlos Alberto.
A denúncia da irregularidade foi encaminhada ao deputado Flávio Bolsonaro por meio do Twitter @RJtransparencia. Bolsonaro, por sua vez, solicitou, na última sexta-feira, a apuração do caso pelo Ministério Público. De acordo com a portaria 06/2002 do Inmetro, todos os bafômetros devem ser enviados anualmente para a verificação do órgão.

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