Militares podem fazer greve durante o Carnaval.

Apesar da proximidade da festa de Momo, nem tudo em Pernambuco é folia. Muito pelo contrário, pois dependendo do resultado de uma reunião entre representantes de diversas entidades militares do Estado, a segurança durante o Carnaval em Pernambuco pode ser comprometida. É que os policiais militares estão convocando uma Assembleia Geral nesta quinta-feira (24), onde discutirão a possibilidade de uma greve.
O efetivo da PM aguarda do Governo do Estado uma resposta referente a um documento entregue pela categoria, no ano passado, onde foi solicitado, entre outros pontos, a equiparação salarial com a Polícia Civil. Na ocasião, foi criada pelo Secretário de Defesa Social uma comissão para analisar os documentos e emitir uma contraproposta. Até o momento, porém, nada foi sinalizado e o prazo final expira nesta quarta (23).
"Não queremos, de maneira alguma, colocar a população em perigo. Por isso, tudo será feito de maneira ordenada e gradual. Faremos uso progressivo da pressão. No ano passado, a Polícia Civil teve um aumento percentual acima de 40%, enquanto a Militar teve apenas 10%. Isso ficou de ser revisto, mas por ser ano eleitoral o tempo foi passando e chegamos há quase um ano de luta e nada foi resolvido", conta o presidente da Associação dos Militares de PE (AME), o capitão Vlademir Assis.
Ainda segundo o presidente, as entidades de classe estão bastante unidas. "Estamos muito bem articulados com toda a tropa, inlusive o Corpo de Bombeiros, esse é um diferencial do movimento. Vamos discutir com todos a situação e analisar o que é melhor ser feito", disse o capitão.
Participarão da mobilização, nesta quinta, a Associação dos Militares de PE (AME), Associação dos Cabos e soldados (ACS), Associação dos Subtenentes e Sargentos (ASSPE), União dos Militares do Brasil (UMB), Associação dos Oficiais da PM de PE (AOPMPE) e a Força Única. De acordo com o sindicato, este coro representa a quase totalidade do quadro da PM, congregando ativos, aposentados, praças e bombeiros.
RESPOSTA - Segundo a assessoria da Secretaria de Administração, está havendo um problema de entendimento quanto ao objetivo da comissão. A real intenção do grupo é apresentar três alternativas para o núcleo de gestão do Governo, não para os sindicatos das categorias. Além disso, a data limite para as negociações salariais é com todas as categorias do funcionalismo estadual no dia 1º de junho.

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