COLUNA ENSAIO GERAL POR ALEXANDRE TENÓRIO


Alexandre Tenório
O contador de causos de Bom Conselho

A CERVEJA (PARTE I)
O sonho de todo bebedor é produzir sua própria bebida, primeiro por que vai sair mais barato, segundo, por que você vai ter a vaidade de dizer aos seus amigos que foi você quem fez a bebida. Há uns vinte e cinco anos atrás, eu vejo um anúncio em uma revista de como você fazer sua própria cerveja. Hoje, você entra num site na internet e está lá como produzir cerveja artesanal, mais naquela época era diferente, não existia internet, e tudo que era novidade era publicada através de anúncios, em jornais, revistas, televisão e rádio. Como um bebedor eu mandei buscar a KIT CERVEJA, que era constituído por um manual de instrução, 24 tampas de garrafa virgem, um termômetro industrial, um pacote de cevada, um tubo de ensaio, um botijão plástico de 25 litros para fermentação com mangueira, um pacote de fermento cervejeiro e uma máquina de fechar tampa.
Foi pago pelo kit um valor atualizado de R$ 200,00 (duzentos reais), para este que vos escreve uma pechincha. Eu já vislumbrava ter a minha própria cerveja, na quantidade que eu quisesse, e na hora que eu quisesse, fazendo inveja aos amigos companheiros do copo. Eu estaria na vanguarda da boemia, já sonhava com os pedidos dos amigos, implorando para que eu fabricasse para eles uma cervejinha, já tinha até um nome escolhido, iria se chamar CERVEJA CORRENTÃO, em homenagem a minha família do lado materno.
A forma de pagamento era a vista, com depósito identificado, só quando o dinheiro estivesse na conta do anunciante era que eles iriam mandar o KIT, mandariam pelos correios. Feito o pagamento, enviado o comprovante pelo fax, passei a guardar ansiosamente pela mercadoria. Quando chego para o almoço minha avó entrega a correspondência, às duas da tarde quando o correio abre sua porta eu fui o primeiro usuário a entrar, a ânsia de ter este kit era muito grande.
Próxima semana tem mais, até lá!

Postar um comentário

0 Comentários