COLUNA ENSAIO GERAL POR ALEXANDRE TENÓRIO


Alexandre Tenório - Escritor

WALMIR SOARES 
(O DRAGÃO) PARTE II
Walmir foi eleito vereador por duas vezes, todas elas com muitos votos. Walmir tinha pouco estudo, pois desde cedo se dedicou ao trabalho, deixando o estudo para o segundo plano. Engana-se quem achava por ele ter pouco estudo não sabia conversar. Ele se destacava em qualquer conversa com sua facilidade de expressão, tinha resposta para tudo, e era bem informado, pois nunca deixou de ler jornais. Walmir era um homem de convicções firmes e pulso forte em suas decisões.
Walmir quando amigo era amigo, também quando era inimigo era inimigo, essa premissa valia também para as outras pessoas, pois quem gostava de Walmir, gostava, porém quem não gostava de Walmir o odiava. Walmir não gostava de conversa mole, de pessoas frouxa, também não gostava de gente puxando seu saco, o puxador de saco para ele não tinha muita valia. O partidário de Walmir tinha o direito de dizer a ele quando ele estava errado, ele podia aceitar ou não, porém ele ficava satisfeito quando alguém contestava suas decisões e mostrava consenso nisto. O que sempre acontecia era que as pessoas tinham medo de bater de frente com ele, o que não acontecia comigo, por isto era que ele sempre me chamava de XIITA. Posso dizer isto, pois, por várias vezes pegamos discursões homéricas, em quase todas eu vencia, e conseguia provar a ele que ele estava errado. Porém quando ele tinha certeza que estava fazendo o certo, não existia ninguém que removesse ele de fazer aqui ou dizer aquilo, suas convicções eram defendidas a todo custo, ele não abria mão de suas ideias, e a defendia com unhas e dentes.
Walmir embora fosse um político nato, não gostava de mentiras, dificilmente você ia ver uma mentira sair da sua boca e dificilmente ele deixava de cumprir suas promessas políticas. Porém existiu um momento que ele não cumpriu essa promessa, e pagou caro por não ter cumprido. Mais na frente nós iremos falar sobre este erro dele. Temos muitas histórias para contar sobre Walmir.  
Estávamos no restaurante Kennedy, numa grande farra, Manuel Galdino tinha chegado da Espanha fazia muito pouco tempo, era um domingo de tarde, e Walmir estava ali como o rei absoluto da questão, todos ali eram seus partidários, o único que não era do lado dele era eu. A cachaça rolando frouxa, os ânimos já exaltados, e eu ali firme, sendo a oposição as convicções de direita de Walmir, é quando chega um momento sobre salários e eu digo que ele matou de fome os funcionários nos seus governos, no que ele retruca e não aceita este meu argumento. Eu digo que um dos motivos dele ter feito uma grande administração foi o fato de ele pagar mal aos funcionários, principalmente o pessoal de educação, então ele virou uma fera, e disse que eu provasse o que estava dizendo, prontamente eu me levantei e pedi um tempo para reunir provas sobre o que eu estava dizendo.
NA PROXIMA SEMANA CONTINUA.
Quero parabenizar ao grande amigo Carlos Sena, pelo belíssimo texto que ele escreveu sobre Walmir Soares, um abraço na minha amiga dona Pretinha.

Postar um comentário

0 Comentários