COLUNA ENSAIO GERAL POR ALEXANDRE TENÓRIO

Dr. Fabrício Benjoino prestigiando
o lançamento do livro do escritor Alexandre Tenório
BAR E RESTAURANTE KENNEDY FINAL
Algumas pessoas me perguntaram a origem do urubu em Tonho. Antes de Tonho ir trabalhar com Gilvan no Kennedy, ele colocou na esquina da Av. XV de Novembro com a Trav. XV de Novembro, um bar, este bar se chamava “A TOCA DO URUBU”.
Tonho demorou pouco tempo com este bar, o fiado e o MÉ que o próprio bebia, fez com que o bar fosse a falência
Depois desta quebrada, Tonho foi para Olinda e no Bairro de Peixinhos colocou outra TOCA DO URUBU, demorou pouco e voltou para nossa cidade, onde foi trabalhar com Gilvan.
Gilvan coloca uma empregada bem arrumadinha, e o safado do Zé Félix, passou a frequentar a cozinha mais que de costume. Era Gilvan dar uma bobeira, lá estava Zé Félix na cozinha aprendendo a cozinhar ah ah ah.
Nosso amigo Gilvan, era um grande bebedor de Rum com Coca, nos domingos quando fechava o Kennedy entrava no Rum abaixado. Gilvan tem um histórico de DIABETE na família, porém nunca ligou para isto. Bebia de tudo e comia de tudo, um belo dia nós começamos a notar que ele estava ficando magro, e fizemos o alerta. 
Depois de muita insistência ele foi ao médico e constatou que estava com DIABETES, já num estado avançado. Era necessário começar a se cuidar, pois a diabetes é a mais traiçoeira das doenças. Nos primeiros dias ele até que fez regime, porém com pouco tempo deixou de lado o regime e voltou a viver normalmente como se não tivesse doença nenhuma. 
Pouco tempo depois, um simples arranhão no dedão do pé fez com que ele fosse levado às pressas para Recife e teve de amputar a perna abaixo um pouco do joelho. Em pouco tempo o mundo desmoronou sobre ele, os familiares e amigos. Confesso aos senhores que foi um choque para mim, quando vi Gilvan pela primeira vez sem uma perna. 
Durante este intervalo os seus filhos tomaram conta do Kennedy, porém o Kennedy sem Gilvan não era o Kennedy que nós aprendemos a gostar. Depois de um certo tempo Gilvan volta ao Kennedy, mesmo com toda a dificuldade para se locomover ele assumiu o comando de novo, para nós grandes frequentadores do bar, foi uma alegria muito grande. Porém, as limitações que a falta de uma perna, juntamente com a diabetes fizera com que, Gilvan resolvesse se desfazer do Kennedy.  
Apareceu um cidadão de outra cidade para comprar o Kennedy, e Gilvan vendeu por R$ 17.500,00. Meus amigos leitores, vou lhes confessar, foi o melhor negócio já feito em nossa cidade. Os cacarecos do Kennedy, não valiam nem R$ 2.000,00, Gilvan escapou. Agora em casa sem fazer nada, o nosso amigo, passou a cuidar um pouco mais a diabetes, porém sempre dava uma escapulida, um certo dia o arranhão no outro pé, leva para Recife e teve de amputar a outra perna, abaixo do joelho, no mesmo canto da outra. Outro trauma para ele, a família e os amigos. 
O Kennedy sem Gilvan, nunca mais foi o mesmo, já passou por vários donos, porém o nome continua. O BAR E RESTAURANTE KENNEDY é a instituição mais forte que nossa cidade já teve. Sempre aos Domingos vou a sua casa e chegando lá sou recebido com muita alegria e uma cerveja bem gelada. Depois que o Kennedy passou para outro dono, fui uma vez lá, e constatei que aquele Kennedy que ali estava, não era o Kennedy que eu iniciei a minha alcoólica, que eu vivi bons momentos da minha vida e nunca mais fui ao Kennedy.

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