VOCÊ CONHECE A CAVERNA E PEDRA DO HIPOPÓTAMO EM VENTUROSA NO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO

Pedra do Hipopótamo
A pedra do Hipopótamo fica em cima de uma outra rocha granítica que tem uns 300 metros de altitude. A saga do trilheiro Cláudio André O Poeta foi encontrar uma maneira de como chegar até o cume da rocha. E não é que conseguiu? Depois de percorrer uma trilha a pé de 1 quilômetro. A pedra também é uma caverna.

Pedra Banana de Pijama
Em mais uma trilha realizada na zona rural de Venturosa, agreste meridional de Pernambuco, com o intuito de chegar até a pedra do Hipopótamo, durante o percurso encontrei outras geoformas de rochas, como essa acima, a pedra Banana de Pijama (relembrei o desenho de muito sucesso na década de 90). 

Pedra do Pitbull
A gente vai andando e a inspiração vai fluindo... Perceba na imagem acima, feita por mim, que essa rocha tem a geoforma de um pitbull (cão raçudo e feroz). Logo batizei de pedra do Pitbull. Essa rocha você vai encontrar dentro da fazendo do senhor Paulo Tenório, entre os municípios de Venturosa e Alagoinha. 

Pedra do Troféu
Lembra do troféu da copa do mundo? Pois bem, essa é uma réplica gigante feita de argila e escupida pela ação do vento. A sua beleza natural com seus 5 metros de altura e de início diâmetro de 1,5 metros no pé, quando chega no topo, dobra-se esse tamanho.

No solo seco, no barro endurecido, uma cavidade se formou e tornou-se num criatório de mocós, animais parentes do preá. O mocó é um roedor comum de encontrar na caatinga. No sítio Peri-peri, em Venturosa, tem mocó sobrando.

Juntamente com o amigo Gui, nos embrenhamos pela caatinga na zona rural de Venturosa. Por lá, encontramos belezas naturais incríveis. Conhecedor da região, fizemos uma trilha para chegar a serra dos Ossos e ao cume da pedra do Hipopótamo.

Preste atenção na inclinação dessa rocha maior. Veja que ela está escorada por um rocha menor. A grande pergunta é, por que essa rocha não rola morro abaixo? Nesse ponto, chega-se a 300 metros de altura da principal rocha que sustenta outras. Quem colocou essa rocha nessa posição? A resposta mais concreta que encontramos numa rápida reflexão, obra do Criado do Universo.

Você pode se perguntar, se não está chovendo nessa região de Pernambuco, por que ainda tem vegetação verde? Durante a trilha que fizemos no sítio Peri-peri, na zona rural de Venturosa, encontramos muitos cactos e bromélias que suportam altas estiagens, mas, as algarobeiras são um espetáculo a parte, justamente por que sua raiz é profunda e no entorno da serra de pedra em água acumulada.

De cima da pedra e caverna do Hipopótamo, visualizamos ao longe as belezas das serras que compreendem a cordilheira entre os municípios de Venturosa e Alagoinha, municípios do agreste meridional de Pernambuco. Embaixo está a PE-217 que faz ligação das duas cidades, numa distância de 18 km.

Aventurar-se pelas belezas naturais da caatinga, não tem preço. Chegar a esse lugar foi desafiador, mas, em compensação, pudemos in loco perceber a ação da mão do Criador. Uma pedra grandiosa, com uma cavidade que mais parece um salão de festas, tudo limpinho, sem maribondo, sem cobras e uma vista panorâmica indescritível.

Veja ai a minha vista privilegiada enquanto estava dentro da caverna e pedra do Hipopótamo. A vegetação mudou do verde para o cinza. As árvores que ainda resistem com o verde são as algarobeiras e juazeiros.

Morro dos Ossos
O morro dos Ossos fica numa planície do sítio Peri-Peri, onde tem dois paredões rochosos que afloram com suas belezas naturais. Até chegar a esse morro, pudemos encontrar uma ossada, que mais parecia um cemitério. Com o advento da última estiagem prolongada nessa região, cerca de 07 anos sem chuvas, muitos animais morreram de fome e sede, daí, os donos dos animais reservaram um lugar para colocar todos os animais mortos num só lugar, por isso tornou-se esse nome. Quem gostou disso? Os urubus, ave rapina que está no seu habitat.


Deitado dentro da caverna que ao mesmo tempo é a pedra do Hipopótamo, fiz essa imagem, que mais parece uma janela. Há 300 metros de altura, pudemos da uma espiada detalhada nessa cordilheira do agreste meridional pernambucano.

O lado interno da caverna e pedra do Hipopótamo
O projeto Poeta Viagens e Aventura não para, não. Mesmo com pouco apoio, não nos tira o foco. Já temos conhecimento que escolas de Bom Conselho e região usam o nosso trabalho. Conhecer o potencial turístico de nossa região não custa caro. Como estamos estudando geologia, vamos descobrindo e tendo aula de campo, no final saímos com muita aprendizagem.

Pedra do Submarino
No meio da caatinga, onde cactos e bromélias tentam sobreviver as altas temperaturas, encontramos uma rocha granítica, com uma geoforma de submarino, a parte de cima, seria  um periscópioacessório fundamental dos submarinos, usados para captar imagens acima da água.

Depois de percorrer cerca de 30 minutos ininterruptos, debaixo de uma temperatura escaldante, cerca de 42 graus, procuramos um sombra para fazer uma pausa na caminhada. Encontrei um juazeiro que serviu de ponto de descanso. Quando fui registrado nesse foto, passa do meio-dia. Minutos depois a aventura seguiu firme e forte, até por que minha saga era chegar naquela pedra lá em cima que você visualiza nessa foto.

Veja a belezura dessa rocha com duas camadas de cores. Essas cores VERDE  e ALARANJADA são conhecidos por LIQUENS, minúsculos fungos que filtram o ar, ou seja, quando você encontrar um lugar assim, já sabe que o ar é puríssimo. Os liquens podem aparecer em rochas, árvores, solo, etc., e podem aparecer em outras dezenas de cores. 

Cordilheira entre Venturosa e Alagoinha/PE
Não tem como não se encantar com uma vista panorâmica dessa. Entardecer, sombra e água fresca, vento puro batendo no seu rosto, boas companhias... É olha para o céu e agradecer a Deus por um momento único e feliz.

Gui, o meu parceiro de aventuras nos sertões. Quem desejar conhecer a região procure o Gui na Vila do Tará, que fica às margens da BR-424, zona rural de Venturosa.

A caverna da pedra do Hipopótamo foi uma grande ação do vento. Imaginemos que ai foi o fundo do mar há milhões de anos e que uma ação vulcânica no fundo do mar fez essa rocha ficar assim.

Na minha segunda reportagem, trarei outras imagens inesquecíveis. Nelas, outras curiosidades. O sítio Per-Peri tem um potencial arqueológico enorme. Em todo o seu entorno há rochas das mais variadas formas, inclusive, tem um cemitério indígena, marca dos índios pré-históricos da região, de uma vez que existe gravuras rupestres também. Os índios Fulni-ô habitaram a região há séculos passados.

Bom, vamos falar nisso na próxima postagem...

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