Polícia prende quarto acusado de participação na morte do empresário Grilo.

A Polícia Civil de Alagoas prendeu na manhã desta terça-feira (25), mais um acusado em ter participação na morte do empresário Jair Gomes de Oliveira, o “Grilo”, crime ocorrido o ano passado na cidade de Palmeira dos Índios.
O preso é Josivaldo Rosendo Sembém, conhecido como ‘Careca’. Ele é irmão de José Rosendo Sembém, conhecido como ‘Duda’, e que também já está preso acusado de participação na trama. O nome de Josivaldo surgiu no depoimento de Manuel Araújo da Costa, vulgo Mane, preso no município de São Vicente em São Paulo e que foi apresentado na ultima quarta-feira em coletiva na Direção Geral da Policia Civil.
“Mané delatou que Josivaldo teria participado do crime e que ele seria um possível primo de José Rosendo Sembém, o Duda, mas durante as investigações descobrimos que na verdade ele é irmão do Duda, que também já está preso e foi apresentado na mesma coletiva que o Mané”, afirmou o Delegado Kelmann. Josivaldo foi preso em uma residencia na cidade de Rio Largo. Ele já tem passagem pela policia e responde a inquérito policial por crime de tráfico de entorpecente.

Ainda segundo o Delegado Kelmann, o mandado de prisão temporária de Josivaldo foi expedido pela 17º Vara Criminal. “Com a prisão do quarto e último envolvido, concluímos as investigações do caso. Agora estou preparando o relatório final que será enviado para a 17º Vara Criminal que será responsável pela ações cabíveis”. Concluiu o Delegado. O acusado está sendo encaminhado para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde fará exame de corpo delito e seguirá em seguida para a Casa de Custódia de Maceió.
Kelmann Vieira afirmou ainda que o inquérito sobre a morte de Grilo deve ser concluído nesta quinta-feira (27), sendo em seguida encaminhado à Justiça. O delegado afirmou ainda que existem todas as provas contundentes contra o fazendeiro e marido da vice-prefeita de Palmeira dos Índios, Fernando Medeiros. “Não há sentido dos autores materiais estarem presos e autor intelectual estar em liberdade”. O caso já está com a 17ª Vara Criminal da Capital, mas como alguns juízes ainda estão em férias, o novo pedido só deve ser analisado pelos magistrados após o retorno, que deve acontecer no dia 02 de fevereiro.

Outras prisões
Manoel Araújo da Costa, o Mané, que foi preso em São Vicente, no Estado de São Paulo, por agentes da PC de Alagoas, graças ao serviço de inteligência, e José Rosendo Seben, conhecido como Duda, preso no HGE, após sofrer um acidente de moto. Gilbeto Bispo, o Beto, preso no dia 22 de dezembro, em Belém, também teria participação no crime, segundo a Polícia.
Mané - que já responde por um homicídio - revelou que foi procurado por Medeiros, quem conhecia há oito anos devido à negociação de gado. Mané contou que foi contratado para arranjar as pessoas que iriam cometer o assassinato. O fazendeiro propôs o valor de R$ 10 mil, deste valor R$ 2 mil ficaram com Mané e o restante seria dividido entre os demais acusados. "Esse contato foi feito há cerca de um ano", afirmou.
Segundo Mané, Beto pilotava a moto quando Duda, caseiro de Medeiros, atirou no empresário. "O doutor Fernando montou todo o esquema, dizendo que tinha sido desmoralizado pelo Grilo, porque levou um murro dele. Uma semana após o crime me encontrei com o doutor, mas não queria continuar fugindo, porque tenho uma filha. O Duda disse que se eu prestasse depoimento iam me matar", disse Mané. Duda negou participação no crime, mas afirmou que estava com a moto do filho de Fernando Medeiros, Vitor, com a qual viajou para Maceió. "O doutor me emprestou a moto", colocou. Duda e Mané estão na Casa de Custódia de Maceió.

Medeiros
Fernando Medeiros foi preso no dia 23 de dezembro acusado como sendo o autor intelectual do crime, por agentes do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre), na cidade de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas. O mandado de prisão foi expedido pelos juizes da 17ª Vara Criminal de Capital. A motivação do crime teria sido, segundo a Polícia, uma discussão ocorrida há um ano entre a vítima e o fazendeiro. Em 29 de dezembro, após reapreciar o pedido de Habeas Corpus (HC), impetrado pela defesa do marido da vice-prefeita de Palmeira dos Índios, a desembargadora Elizabeth Carvalho decidiu pela soltura do acusado.

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