Professor despediu-se de alunos, doou CDs e escreveu carta antes de se matar.

O professor Jailton Joaquim Graciliano, 42 anos, que praticou suicídio nesta terça-feira (11), deve ter planejado sua morte, segundo apurou preliminarmente o Instituto de Criminalística (IC). A versão ganha força porque antes de praticar suicídio ele se despediu dos alunos, afirmando que iria fazer uma viagem, doou os CDs e livros que possuía, além de escrever uma carta, que foi deixada no banheiro.
As causas que levaram o matemático a acabar com a própria vida ainda são desconhecidas, mas os primeiros levantamentos realizados mostram que o matemático arquitetou o suicídio, sempre com a preocupação de não causar preocupação a ninguém. Isso porque, segundo o irmão José Joaquim Ramos, em nenhum momento Jailton demonstrou que estava passando por algum problema psicológico que pudesse culminar com o suicídio e agiu naturalmente nos últimos dias em que esteve vivo.
“Ele costumava chegar cedo à escola e gostava de conversar com os alunos e professores, fazendo todos rirem. Lembro que no domingo ele doou todos os seus CDs e até o questionei sobre isso, mas ele afirmou estar cansado de ouvir aquelas músicas e mensagens. Sei que ele tinha uma namorada, mas não sei se algo aconteceu entre eles. Só quero, agora, que Deus o coloque em um bom lugar”, frisou.
Já segundo uma aluna do 3º ano da Escola Teonilo Gama, que preferiu não ser identificada, na última segunda-feira o professor se despediu de toda a turma e comunicou que iria fazer uma viagem. Por isso, ele doou todos os seus livros e, inclusive, fui contemplada com alguns”, revelou, ao destacar que Jailton Joaquim Graciliano sempre foi carinhoso com todos os alunos.
Preocupação com a mãe
Antes de praticar o suicídio, no entanto, o professor ainda teve o cuidado de escrever os números dos telefones dos irmãos na parede do banheiro, além de pedir para que não ligassem para a sua mãe, que teria pressão alta. Ao lado do corpo, ele também deixou a identidade e uma carta, onde pedia que ninguém ficasse triste e que seus alunos não fizessem o que ele fez.
Em um dos trechos, que está sendo analisado pelo IC, Jailton frisou que já teria cumprido sua missão na terra. Ele assegurou que estava feliz, parecendo seguir a frase estampada na camisa dos alunos do 3º ano da Escola Teonílo Gama. Nela, o autor desconhecido afirma que, “nossas aventuras fiquem de lembranças para aqueles que desejem ser como nós, talvez loucos, porém felizes”.

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