ALUNOS CHEGAM A 7ª SÉRIE SEM SABER LER E PROFESSORES COM POUCA INSTRUÇÃO


A denúncia de que alunos que cursam a 6ª e  7ª séries na Escola Ana Carolina de Queiroz, em Craíbas, não sabem ler já havia chegado ao Ministério Público Estadual (MPE) há três anos, por meio do então promotor do município Valter Acioly. Na época, foi proposta uma Ação Civil Pública, que resultou em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o gestor municipal.
O promotor confirmou a imprensa que o problema persistiu e foi novamente descoberto por ele após os estudantes comparecerem à Vara da Família e afirmarem que não sabiam assinar o nome. Acioly disse que na instituição havia pessoas dando aula sem formação e coordenadores que não tinham nível superior, além da falta de um plano de aula.
“Como atuei durante três anos nessa área fui saber como estava a situação. Depois que a nova administração municipal assumiu nada mudou. É um absurdo que um aluno de 17 anos não saiba ler, sei que outros estão na mesma situação. Essa Escola fica no centro de Craibas, cidade do Agreste de Alagoas, imagine o que acontece na zona rural. Também há problemas com a merenda, falta de carteiras e as faltas dos professores”, explicou.
Ainda de acordo com o promotor as escolas não podem se aproveitar das diretrizes curriculares para o ensino fundamental –1ª à 9ª séries, aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC), que recomendam que não haja reprovação de nenhum aluno até o 3º ano, prática já adotada, sob críticas, por vários municípios e Estados.
"Há essa determinação, mas o MEC quer que os alunos aprendam, só que alguns professores usam isso para justificar os problemas. O MEC faz uma avaliação, mas é no ensino médio e deve acompanhar o caso dessa escola. O MP tem que exigir explicações e tomar providências. Na época em que identifiquei o problema, o secretário de educação, que também não tinha nenhuma formação, foi substituído. É um desperdício de dinheiro que pode resultar em improbidade administrativa do gestor”, ressaltou.
O QUE PODEMOS ESPERAR DESTES FUTUROS FORMADORES DE OPINIÃO?

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