SE RONALDINHO VAI, EU QUERO IR TAMBÉM...

Recebi um e-mail do leitor, Marcus Vinicius, neste e-mail está um vídeo inteligente e de um verdadeiro formador de opinião, onde trás consigo a informação que a Academia Brasileira de Letras, ortogou uma medalha com o nome do fundador da academia, Machado de Assis. Diante da narrativa do vídeo, cria-se uma grande revolta intelectual. Sabemos que a Academia Brasileira de Letras foi construída no intuito de reconhecer a labuta, a história de homens que lutaram pela democracia, homens que além de serem letrados, tem suas filosofias em prol do bem comum, homens e mulheres que sabem mais do que nunca respeitar nossa pátria-mãe. E de repente nos deparamos com noticias como esta.
Pergunta-se, aonde Ronaldinho Gaúcho, peladeiro de sorte, tem intelectualidade? Onde está o amor pelo Brasil? Pelas partidas que jogou na seleção, quando na verdade foi pago para isso? Que país é este, onde uma academia de letras se reúne para dar uma medalha de honraria a um peladeiro que só sabe estar de balada em balada? Será que o Ronaldinho já leu um livro de Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras? Será que Ronaldinho conseguiria enumerar ou até mesmo dizer uma frase de um livro que tenha lido? É brincar demais com a inteligência das pessoas.
Há várias pessoas que anonimamente trabalham para ver um país mais humano, com mais justiça social e que merecem o reconhecimento da nação,mas, não são lembradas. Há vários e vários professores, mestres, doutores, sei lá o que, se desdobrando para ajudarem nossa pátria e torná-la mais igualitária, mas, não são lembradas, não são homenageadas. Como podemos aceitar que uma academia de letras, feita de homens e mulheres inteligentes, do mais alto gabarito, se reúnam, se curvem homenageando um jogador de futebol que não joga nada, faz palhaçadas em campo, (repare no histórico dele, quantos gols fez com sua criatividade, ao contrário, muita gente o ajudou dando assistência nas jogadas), agora recebendo um título de intelectualidade? É por isso, e tantas outras disparidades como esta, que o Brasil continua neste flagelo.
Ah, sendo assim, mereço uma medalha e uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, até por que tenho dez livros escritos e publicados, fui premiado recentemente pelo Ministério da Cultura com um projeto cultural, realizado no meu estado, Alagoas, já ministrei palestras de incentivo à leitura, leio em média seis livros por ano, declaradamente, sou um amante da literatura brasileira, etc. Ou será que nada disso serve? Ou será que deve-se ter a sorte do Ronaldinho Gaúcho, ou seja, não leio nada, jogo uma pelada, faço um meio gol e vou pra academia...?

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