SE VOCÊ NÃO LER, DE ONDE VEM SEU SABER?

Começo o expediente de hoje com um poema do poeta português, Fernando Pessoa, que diante da solidão, criou poemas com heteronônimos que sempre se refletiram nos seus escritos.




EU AMO TUDO QUE FOI

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
Fernando Pessoa.

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