COLUNA ENSAIO GERAL


Alexandre Tenorio - Historiador
ERA TEMPO DE FIM DE ANO
(FINAL)
Recordo-me que o natal 1968 foi um natal muito fraco, a prefeitura resolveu não fazer nada, e os estudantes se reuniram e fizeram um papai Noel bem grande e encheram de algodão, foi à única coisa que teve, e na noite de natal choveu muito e o papai Noel encheu de água e o algodão absorveu esta água e terminou estourando, então a única coisa que dizia que iria haver natal fora destruído, até hoje não sei por que naquele ano não houve nada no natal.
Uma brincadeira que acontecia muito era quando tinha duas ou mais matutas juntas os meninos pegavam um broche e pregavam as suas saias, e quando elas iam sair ficava agarrada uma na outra. Na hora da missa do galo existia um respeito muito grande, todos os caipiras, ficher, parque de diversão etc. Paravam de funcionar, somente quando acabava a missa era que a festa começava de novo e ia até o dia amanhecer.
Lembro-me muito bem que Dr. José Maria Pereira de Melo, no dia de natal, reunia os seus amigos para o OURICURI, que nada mais era que uma festa fechada para convidados, que se realizava encima de sua casa comercial, lá estava presente boa parte da sociedade local, eu era menino e junto com outros meninos nos divertíamos muito, a mesa era farta, com muita comida e bebida, lembro-me muito bem quando Florilda Vanderlei ia se casar com David e ia morar nos EUA, este OURICURI foi muito especial, porque ouve muita alegria e muito choro também.
Uma grande novidade foi à introdução de barraca de bingo, que quando você batia você escolhia o premio que iam ganhar, os prêmios eram variados tinha bebida, alumínio, plásticos, brinquedos etc. Estas barracas eram muito concorrida, os meus avós seu José Correntão e dona Berenice, eram viciados nestes bingos, e traziam todo dia para casa os prêmios que ganhavam, eles gostavam principalmente de levar latas de óleos de soja.
Lembro-me muito bem que eu e Fernando Tenório (oião) uma vez fizemos no natal uma barraca para vender confeitos, os confeitos eram de mel e hortelã, nós chupávamos mais que vendíamos. O grande momento da sociedade era o baile de natal e fim de ano, o clube dos 30 se enchia de pessoas, e amanhecia o dia, todo mundo muito bem vestido, era um baile de gala, aonde cada um queria se apresentar melhor que o outro. Sempre vinha uma banda boa. O ano 1972 no primeiro ano de governo de Walmir Soares, ele fez um grande final de ano, a cidade ficou bem iluminada e se colocou varias barracas de artesanato, foi o maior final de ano de todos, foi este natal o natal da roda gigante.
Num final de ano que eu não sei o ano, Walmir resolve fazer uma grande iluminação e coloca um portal na entrada da Praça Dom Pedro II com a Rua 7 de setembro e outro portal na Praça Dom Pedro II e a Praça João pessoa, estes portais deviam ter mais de mil lâmpadas incandescente e foi à grande atração do fim de anos, nos dois primeiros dias a energia agüentou, mais na véspera de natal quando foi acessa os portais e houve também um aumento maior de energia nas casas a nossa energia não agüentou, e faltou energia em toda cidade e passamos a véspera de natal às escuras, o baile que ia haver não houve e aquele que ia ser um grande natal acabou sendo um dos piores natais.
Hoje a nossa festa de fim de ano, perdeu muito da magia do final de ano de antigamente, a quantidade de pessoas na rua é muito pequeno, o povo dos sítios e distritos, praticamente não vem, por que depois da eletrificação rural eles preferem ficar em suas casas, a maioria das pessoas que moram na cidade ficam em suas casas, e o nosso natal atual é uma sombra pálida dos velhos natais.

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