COLUNA ENSAIO GERAL POR ALEXANDRE TENÓRIO


ALEXANDRE TENÓRIO - ESCRITOR
ERA TEMPO DOS VALENTÕES PARTE VII
Como vimos anteriormente o nosso Melk, era confusão só, tanto ele criava estas confusões como elas vinham de graça para cima dele. Cada dia que se passava aumentava a fama dele, e aquilo o envaidecia mais.
Quando se é jovem, nós temos merda na cabeça. Vou lhes contar um episódio que retrata bem esta situação.
Era noite de sexta-feira, estávamos eu e Fernando Oião, no bar de Géo, que naquela época era localizado mais encima de onde é o bar dele hoje. Chega a notícia que Melk estava bebendo no Kennedy, fomos para lá, eu e Fernando Oião, pois nós não tínhamos medo de nada.
Chegando no Kennedy, encontramos apenas Carlinhos Presideus (dono do bar) e na mesa que fica em frente com o janelão que dar para a Praça Pedro II, Melk, Nilson Tenório e finado Lino com o violão.
Sentamos na mesa que fica perto da porta que da para a varanda. Quando nós chegamos Lino estava tocando a música AMADA AMANTE de Roberto Carlos. Quando Lino terminou Melk pediu para ele repetir, quando Lino terminou de novo, ele pede para Lino repetir de novo, para encurtar a conversa já estava com mais de oito repetições e Lino já chorando, é quando Nilson da um tapa na mesa diz que ele não vai mais tocar, nisso Melk se levanta também e já vai com a mão no revolver, só que Nilson já estava com o dele apontado para Melk, nesta altura do campeonato eu e Fernando Oião demos uma carreira que a perna batia no bunda, foi a primeira vez que eu dei um xexo num bar.
Ficamos na Praça esperando o tiroteio, soubemos depois que quando Melk viu que não era boquinha para ele, ele abriu da parada e admitiu que estava errado, e continuaram a farra.
O único Bar que Melk não frequentava era o bar de Geo, pois ele tentou fazer umas bagunças por lá e Géo botou fervendo nele e dai por diante ele ia para todos os bares, menos o de Geo.

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