GREVE: “O Sertão vai parar sem viaturas nas ruas”, alerta comandante do 14º BPM, em Serra Talhada.

A reportagem do FAROL DE NOTÍCIAS conversou com o tenente-coronel Alfredo Wanderley, comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM), com sede em Serra Talhada, nesta quarta-feira (14). Ele revelou o sentimento da corporação com a relação a greve da Polícia Militar deflagrada em todo estado.
As negociações continuam, mas o comandante deixou clara a sua posição quanto ao futuro da greve em Serra Talhada e nas cidades em que o 14º BPM atua. Confira!
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FAROL-  Está confirmado a adesão do 14º BPM à greve que se instalou em Pernambuco?
Coronel Wanderley-  A greve estourou ontem (terça-feira), todos os batalhões da capital estão participando. Todos os batalhões do agreste estão participando e estão faltando alguns batalhões do sertão. Tive uma conversa com o efetivo do 14º Batalhão e disse que aguardasse a mesa de negociações que está acontecendo nesse momento no Recife. Como eu estava dizendo, a unidade aqui ainda não aderiu à greve, mas muito provavelmente vai aderir, porque a Polícia Militar é uma só. Mas não está confirmado que o 14º Batalhão aderiu ainda. Se toda a Polícia Militar está aderindo não é o 14º Batalhão que vai deixar de aderir. Só estamos esperando a adesão de outros batalhões do Sertão para aderir juntos com eles.
FAROL- Caso a greve se confirme, como ficará o policiamento ostensivo nas ruas de Serra Talhada?
Coronel Wanderley- No caso de uma greve, a Polícia Militar para como um todo, o que se chama de greve branca; então, acontecendo a greve, os policias que estariam em serviço ficam recolhidos nas unidades, ou seja, os de Petrolina no batalhão de Petrolina, os de Arcoverde no de Arcoverde, os de Salgueiro no de Salgueiro e os de Serra Talhada em Serra Talhada.
Nós esperamos que a mesa de negociações, que deve está sendo feita neste momento no Recife, chegue a um denominador comum que seja bom para as duas partes para que não tenha o movimento, pois este não é bom para o estado nem para a sociedade.
A Capital já está completamente parada, o Agreste já está completamente parado. Nós esperamos que se chegue a um entendimento, caso contrário, o Sertão também ficará completamente parado. Quando eu digo parado é parado mesmo, sem nenhuma viatura nas ruas, sem ninguém circulando.

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