LAMPIÃO, A CASA ONDE VIVEU A INFÂNCIA, AS CERTIDÕES E SUA PATENTE DE CAPITÃO

Nessa última reportagem que fizemos durante um tour no sertão do Pajeú, contaremos um pouco mais sobre a vida pregressa de Virgulino Ferreira.

Durante a entrevista que fiz com o guia de turismo, Ítalo Rodrigues, na casa onde nasceu e se criou Virgulino Ferreira, entendemos que até os 18 anos de idade, Lampião, não tinha pego em arma de fogo e era o neto preferido de dona Jacosa.

Para Ítalo, Virgulino Ferreira, nessa casa viveu feliz durante sua infância convivendo com sua avó materna, dona Jacosa, que muito cedo ficou viúva. Para diminuir a solidão, Lampião foi morar com a avó para cuidar dela.

Antes de sair da casa de dona Jacosa, Virgulino Ferreira, aos 18 anos, já era uma cara letrado, pois tinha uma professora que dava aula particular na região, ou seja, quando Lampião recebeu o título de capitão em Juazeiro de Padim Ciço, já era um homem viajado, conhecedor da realidade do sertanejo.

Nessa casa você vai encontrar utensílio da época de Lampião, tendo o retoque de sua originalidade. Para conhecer deve-se manter contato com o Museu do Cangaço em Serra Talhada/PE.

A casa de dona Jacosa, no sítio Passagem das Pedras, é mantida pelo Museu do Cangaço, onde você vai encontrar fotos e documentos que retratam a vida de Lampião enquanto morou com avó materna.

Na pequena sala da casa da avó materna de Lampião você encontra muitas fotos da família de Lampião e utensílios que foram doados para retratar na íntegra a história do rei do Cangaço.

Essa cama de mola foi usada por dona Jacosa, avó materna de Lampião. A coberta de retalhos era feita pela mãos de dona Jacosa. Todas as peças encontradas dentro da casa tem sua originalidade e um verdadeiro teor histórico.

Segundo relatos históricos passados pelo guia de turismo, os cangaceiros eram muito devotos de santos e a casa onde Lampião viveu na infância não é diferente, diante da quantidade de molduras de santos e até um pequeno oratório.

Uma mala feita de madeira que servia para guardar pertences e transportar no lombo de animais, está dentro da "camarinha", da casa de dona Jacosa.

Móveis da época, peças de porcelana e vários outros utensílios para o lar, fazem parte da história da infância de Lampião, que passou boa parte de sua infância da sua avó que cuidou dele como se foi a mãe, dona Maria Luiza.

Uma mão de pilão e um pilão que foi usado por Virgulino está intacto até hoje. A madeira resiste o tempo. Até 1915, Virgulino ficou nessa casa e depois que saiu não voltou mais.

O fogão de lenha na cozinha da casa de dona Jacosa mostra a simplicidade que se vivia naquela época. Há poucos metros dali, por trás da casa passa o rio temporário que da nome ao sítio Passagem das Pedras.

Num bate papo realista e cheio de histórias, a entrevista que fiz com o Ítalo já está publicada nesse blog e no meu canal do youtube. Acesse o link abaixo!

Não ficou uma pergunta sem resposta. O guia de turismo e estudante de história, Ítalo Rodrigues, mostrou muito preparo para relatar todas as passagens do início da vida pregressa de Lampião.

Cosmo Queiroz sendo flagrado pelo espelho...
Ninguém consegue fazer um trabalho desse sozinho... Precisei de apoio dos amigos Cosmo e Carlinhos do Alto, além de outras pessoas que nos acompanharam durante essa trilha sobre o rei do Cangaço.

Me senti por alguns minutos também neto de dona Jacosa. Uma casinha simples, igual a que vivi minha infância no sertão de Alagoas.

Da janela enxerga-se a vida melhor... Felicidade é feita de momentos felizes, foi isso que senti quando estava nessa janela numa casa que marcou uma época.

Para a história ficou essa moldura, onde retrata Lampião e familiares celebrando a patente de capitão no Juazeiro de Padre Cícero no ano de 1926.

Nessa foto, Lampião está com as irmãs e irmãos e os pais. Virgulino Ferreira, nesse momento já era reconhecido pela sua coragem de combatente.

Para a posteridade, fiz questão de fazer essa imagem com meu novo amigo e historiador Ítalo Rodrigues, que representa muito bem o Museu do Cangaço e o grupo Cabras de Lampião.

Casa de interior é assim, o muro é uma proteção de vara e ao redor uma grande terreiro. Quem viveu essa época foi muito feliz. A urbanidade não era o auge daquele tempo.

Quero aqui agradecer a todos os apoiadores que colaboraram para a realização desse sonho, de in loco, conhecer a história da infância do rei do Cangaço. A todos que nos acompanharam nessa jornada, nossa gratidão.

CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE VIRGULINO FERREIRA

REGISTRO DE NASCIMENTO DE VIRGULINO FERREIRA


E assim mostramos em várias postagens como viveu, cresceu e como foi para o Cangaço, Virgulino Ferreira, devoto do Padim Ciço do Juazeiro/CE.

CERTIDÃO DE BATISMO DE VIRGULINO FERREIRA

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