O impacto do coronavírus nas economias locais será desastroso (por Piúta)


A luta é pela vida. Este é o combate no momento. A escalada da contaminação no Brasil mostra o mesmo vetor de crescimento de outros países. As medidas adotadas é para serem cumpridas, não adiante pensar que a doença tem espaço geográfico definido, ou seja, a assertiva errada e sem fundamento de que se longe do centro da crise e por isso o vírus não chega, é um erro. Aliás, sobre isso, basta ver que Dengue, Zica e Chikungunya está em todo lugar.  

Para saber um pouco sobre o poder de devastação das doenças virais uma leitura sobre a gripe espanhola que matou cerca de 100 milhões de pessoas em 1918. No Brasil os relatos são de pessoas mor­tas nas ruas e o Estado sem capacidade para enterrá-las, nem o presidente do Brasil daquela época foi poupado, Ro­drigues Alves morreu vítima da pandemia da gripe espanhola. 

Outra leitura pode ser sobre a peste de 1629 que devastou todo a região do Piemonte na Itália, se alastrando até Florença que pesara estar protegida pela montanha que a separava do Piemonte, a doença chegou e devastou os florentinos.

A crise causada pelo vírus gera também um efeito devastador nas economias mundo afora, no Brasil as autoridades anunciaram que o PIB não crescerá em 2019. O fechamento de cidade levará muitas pessoas ao desequilíbrio nas finanças pessoas e a quebra de muitas empresas, principalmente pequenas e médias, aquelas que são quase que meio de sustento para as pessoas. 

A decisão de fechar o comércio no Estado será um tsunami nas economias locais, situação que poderá levar ao desequilíbrio e manifestações diante da situação de iminente quebra por não poder realizar seus negócios.

A cada dia fica claro a necessidade de o governo tratar a crise como situação atípica e, como estamos falando de uma situação singular, que nunca vivenciamos, como impactos imensuráveis, as medidas precisam centrar soluções para as questões postas.

A economia das cidades do interior como Bom Conselho já sofre os impactos das medidas, acertadas, diga-se de passagem, para tentar impedir a chegada o vírus entre nós. Diante disso, pensar ações para diminuir os prejuízos e manter as pessoas no período de quarentena é uma necessidade. 

Entre as medidas, seria importante pensar na formação de um comitê de crise no município para avaliar e mensurar as necessidades, verificar os negócios que podem funcionar e levantar o volume de recursos necessários para manter o mínimo da economia local funcionando.

A vida é o que interessa. A luta contra o vírus é imperiosa. O confinamento das pessoas é fundamental. Pensar como navegar durante a crise é urgente. Mas definir como alavancar as economias locais é uma obrigação do Estado, pois as pessoas precisam ter expectativa do que ocorrerá com cada uma delas.
por Piúta

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