Poesia do Barão de Itamaracá

 

Poesia, nesta sua semana que principia.

Imagem: Claudio André O Poeta

FORMOSA


Formosa, qual pincel em tela fina

Debuxar jamais pôde ou nunca ousara;

Formosa, qual jamais desabrochara

Na primavera rosa purpurina;


Formosa, qual se a própria mão divina

Lhe alinhara o contorno e a firma rara;

Formosa, qual jamais no céu brilhara

Astro gentil, estrela peregrina;


Formosa, qual se a natureza e a arte,

Dando as mãos em seus dons, em seus lavores

Jamais soube imitar no todo ou parte;


Mulher celeste, oh! anjo de primores!

Quem pode ver-te, sem querer amar-te?

Quem pode amar-te, sem morrer de amores?!


     Antônio Peregrino ( o Barão de Itamaracá)


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