Universidades sem dinheiro e alunos sem incentivos



As duas principais universidades federais do Estado: a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) não têm como pagar, neste mês de dezembro, a bolsa permanência destinada a estudantes pobres, bem como outras bolsas e auxílios. A falta de pagamento se dá por conta dos cortes realizados pelo governo federal, na última sexta-feira (2).


De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o corte realizado pelo Ministério da Economia chega à marca dos R$ 431 milhões. Em 28 de novembro, o governo federal bloqueou o orçamento do restante do ano das universidades - especificamente os valores que ainda não haviam sido empenhados.

Dois dias depois, a gestão recuou desse bloqueio, que impedia novos empenhos, mas bloqueou 100% do financeiro, que é o recurso necessário para enviar ao banco o pagamento de todas as ações da universidade. Geralmente, o Ministério da Educação (MEC) envia o dinheiro no início de cada mês. A UFRPE disse que a pasta informou, por nota, que não iria mandar o financeiro de dezembro.

No caso da UFPE, os cortes na verba impedem até mesmo o pagamento de contratos da instituição com terceirizados, como limpeza e conservação, manutenção predial, portaria e recursos para realização de concursos públicos e auxílio a pesquisadores.

"Nós não vamos conseguir, nenhuma universidade, eu creio, honrar os compromissos com as bolsas dos estudantes, da assistência estudantil e também as demais bolsas, de estágios, de extensão, de monitoria e assim sucessivamente. A gente está sem nenhum recurso na universidade", explicou o reitor da UFPE, Alfredo Gomes. 

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