Comunicadores do agreste não têm acesso às informações da UE.

O radialista Alves Corrêa, criticou na manhã desta segunda-feira (31), durante o “Programa Derrubado”, o bloqueio de informações da Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly de Almeida, em Arapiraca. Segundo o comunicador a regra implantada prejudica o trabalho da imprensa do Agreste de Alagoas. A imprensa só tem a informação de quantas pessoas deram entrada, o motivo e nome das vítimas são ocultados. “Imprensa trabalha como utilidade pública, proibir de divulgar nome de uma pessoa que enche o ‘rabo de cachaça’ e mata pessoas. Isso vai ter que mudar”, desabafou Corrêa. A decisão foi implantada há pouco mais de um ano, através de um Termo de Ajusta e Conduta, assinada pelo então presidente da OAB de Arapiraca, Saulo Ventura. A idéia gerou polêmica na época. Ventura alega que a imprensa não está restrita a informação.
“A imprensa tem todo direito de informar o que acontece, o que não pode é o comunicador chegar à sede da UE e pegar o livro de anotações e colocar a vítima em exposição. A assessoria tem o direito de divulgar o quadro de cada paciente”, explicou Saulo Ventura. O ex-presidente garantiu que ainda essa semana, na quinta-feira (03) acontecerá uma reunião com o diretor da Unidade de Emergência para resolver o problema. “Creio que tenha mudado de assessoria e não entenderam o propósito que era apenas proibir o acesso do comunicador ao livro de anotações e não as informações”, finalizou Ventura.
Sesau
A coordenação de comunicação da secretaria de Saúde de Alagoas garantiu presença na reunião e explicou que não existe censura. “Apenas não permitimos a divulgação dos nomes das vítimas envolvidas em tentativas de homicídios, por questão de segurança dos profissionais e do próprio paciente”, comentou. Ainda com informação da assessoria, todos os outros casos podem ser noticiados atendendo uma determinação do secretário Alexandre Toledo. “Inclusive até boletins médicos sobre o quadro de alguns pacientes são enviados para imprensa para ajudar na informação”, esclareceu.

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