COLUNA ENSAIO GERAL POR ALEXANDRE TENÓRIO


EDGAR ALAPENHA PARTE II
Como vimos anteriormente, Edgar tirava mais da vida do que a vida tirava dele.
Quando estava bebendo e estava a cavalo, entrava nas bodegas de cavalo e tudo. Certa feita entrou dentro da agência do BANDEPE com o cavalo, foi uma confusão maior do mundo.     Edgar não tinha papa na língua, o que tinha de dizer dizia e pronto, gostasse quem gostasse.
Morre um afilhado dele, uma criancinha de poucos dias de nascido, então Edgar junto com o pai da criancinha ficam incumbido de enterrar a criança. É entregue o anjinho, no caixãozinho todo azul, a criancinha toda paramentada para a última viagem, e segue de cavalo Edgar e o compadre, na primeira bodega que encontram param e vão beber. O caixãozinho ali encima do balcão, eles bebendo e conversando, quando lembram do anjinho choram e assim vai. Pagam a conta e seguem o caminho, mais no caminho tem outra bodega, então param e vão beber, para encurtar a história, no segundo dia vem o pessoal levam o caixão para enterrar, pois tanto Edgar com o pai da criança, já estão bêbedo morto e não tem condições de levarem o anjinho para canto nenhum.
A REDE GLOBO exibiu uma novela que tinha como ator principal Nei Latorraca, ele fazia três papéis ao mesmo tempo: era Volpone, Anabela(uma mulher) e o outro personagem eu não lembro. Esta novela foi um sucesso total, não se falava em outra coisa, e dos três personagens quem mais se destacava era Anabela. Certo dia Edgar, passa por mim e diz – me chame de Anabela, então eu chamei ele de Anabela, ele virou numa fera, e disse Anabela é a mãe, e se danou a chamar nome feio comigo e com todos os meus. Aquilo foi uma zona, e toda vez que ele se encontrava comigo, na rua, no banco em qualquer lugar ele dizia – me chame de Anabela, eu chamava ele de Anabela, então Edgar começava com os seus impropérios. Dia de domingo, umas 11 horas quando eu me acordo, encontro meu avô, com a cara amarrada, ele me chama e diz que foi procurado por Edgar para se queixar que eu estava chamado ele de Anabela, e ele era um homem de responsabilidade e que não admitia aquilo, e que já não tomou as providencias devidas por consideração a pessoa dele.  
Eu caio na gargalhada, e meu avô não entendeu nada, então eu contei, que era o próprio Edgar que mandava eu chama-lo de Anabela, para poder esculhambar e chamar nome. Assim era Edgar, um meninão grande.
Muitas vezes perguntava comigo mesmo, como é que dona Valderez aquenta as doidices de Edgar. Com pouco tempo depois da morte de Edgar dona Valderez entra em depressão, e até hoje não se recuperou. Dona Valderez, as meninas e os amigos, sentiram a grande falta que Edgar fez, pois com suas doidices, ele era a alegria de todos. Digo sem medo de errar, se existe em nossa cidade uma pessoa que fez falta foi Edgar Alapenha.
ESTA CONFIRMADO O LANÇAMENTO DO NOSSO SEGUNDO LIVRO “ELEIÇÕES DE 2000, QUANDO UMA BURRINHA GANHOU DO TRIO ELETRICO” SERA NO DIA 17 DE MAIO AS 19 HORAS NO AUDITÓRIO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO, ESTÃO TODOS CONVIDADOS.  

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