Não aceito ser censurado e muito menos ser "marionete" do poder político brasileiro


Eu, hoje pela manhã, ouvindo uma rádio do agreste do estado de Alagoas, escutei uma ouvinte denunciando o descaso do poder público local, devido a falta de saneamento, logo quando começou a questionar a falta de compromisso do tal prefeito, surgiu diretamente  do estúdio para que o repórter encerrasse a conversa com a ouvinte, justamente para não se prolongar as críticas contra o prefeito agrestino. A participante do programa jornalístico daquele horário nem concluiu seu raciocínio direito...

Vergonha um negócio desse!

Como tenho mais de 30 anos de radiojornalismo, conheço bem esse tipo de comportamento nos meios de comunicação. Impressionante, o quanto o poder político e econômico interferem na radiofusão. Virou uma febre de canta a canto desse País este tipo de comportamento dos donos de emissoras de rádio.

O radialista profissional que não se dobra a esse tipo de expediente, logo é bloqueado, censurado, para não da vez e voz ao povo. A cada dia a situação do rádio brasileiro se afoga aos encantamentos da "politicagem" e do poder econômico.

Os políticos prometem e não cumprem, mas o radialista é o culpado. os políticos se misturam aos "esgotos da corrupção", mas a culpa é do jornalista que expõe.

Fica difícil de acreditar num Brasil liberto e sem o título de subdesenvolvido. Eu, particularmente, prefiro ter consciência livre e tranquila do que estar se misturando com esses "ilusionistas do poder".

Caráter não é para todo mundo!

É uma verdadeira "amordaça", para quem sabe se comunicar bem. Pensei que esse jeito de "fazer jornalismo", ficaria restrito a Bom Conselho, mas, não. De março a outubro trabalhei numa rede de rádio em Alagoas, até quando não fui censurado. 

A partir que vieram com certos e determinados "mastigados", para agradar o "infame do atual político eleito", não aceitei, não aceito e preferi voltar ao meu convívio diário e continuar meu trabalho nas minhas redes sociais.

No rádio, a censura se deu durante o Estado Novo, e o presidente Getúlio Vargas na época criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que controlava de forma severa os jornais, a revista, o teatro, o cinema, a literatura, porém o que mais se afetou foi a rádio, que atingia as diversas classes antigamente. Eram controladas as notícias, as músicas, e os anúncios.

Naquela época, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), era responsável por produzir textos, programas de rádio, documentários cinematográficos e cartazes em que o presidente aparecia de forma paternalista, por exemplo, durante o Estado Novo, mostrava o Getúlio Vargas com crianças, ou seus feitos como presidente.

Pelo jeito, voltamos aos tempos do Estado Novo...

Prefiro está fora do rádio, livre, do que estar amordaçado num meio de comunicação chapa-branca.

Isso é inadmissível.

Postar um comentário

1 Comentários

"Os comentários publicados nas matérias não representam a opinião do Blog do Poeta, sendo a responsabilidade inteiramente de seus autores."